No Dia do Livro, sugestões de leitura para nossos voluntários
Amanhã, dia 23 de abril, é o Dia Mundial do Livro e do Direito do Autor. A data foi escolhida pela Unesco, agência da ONU voltada à Educação, Ciência e Cultura, e homenageia um grande escritor que, por coincidência, morreu neste dia, no século XVII: William Shakespeare.
Para nós, que estamos sempre lembrando a importância da leitura para espalhar conhecimento, a efeméride serviu para termos a ideia de sugerir aos voluntários da Rede Voluntária Vale alguns livros.
Ler é bom, diverte, educa e, o que é melhor ainda, sempre nos deixa a certeza de que é possível ampliar nossos pensamentos. Segue a lista e ótima leitura a todos:
“A vida secreta dos animais”, de Peter Wohlleben (Ed. Sextante).
Cavalos sentem vergonha, cervos guardam luto por membros do grupo e cabras ajudam seus filhos. Corvos chamam os amigos pelo nome, ratos se arrependem das más decisões e borboletas escolhem os melhores lugares para seus filhos crescerem. O autor é um engenheiro florestal e divulgador científico alemão, conhecido por suas obras populares sobre temas ecológicos. Neste livro, ele nos permite a reflexão sobre os bichos, que são muito mais parecidos conosco do que poderíamos imaginar. É divertido, delicado, espirituoso.
“Mude seus horários, mude sua vida” – escrito por Suhas Kshirsagar (Ed. Sextante).
O autor é um dos profissionais de medicina ayurvédica de maior renome dos Estados Unidos. O livro é também uma excelente oportunidade para refletir sobre os benefícios de viver uma vida alinhada com os ritmos naturais do corpo. Tem dicas nutricionais, informações sobre a ciência do sono e testes para identificar seu tipo de corpo e seus padrões de comportamento.
“Cuidar de Si” – Mauricio Tatar, médico homeopata, com texto de Amelia Gonzalez (Ed. Mauad).
O livro é um convite para cada um mudar de vida em busca de uma saúde que, aponta o médico, não vem de dentro para fora, e sim de fora para dentro. A história do livro começa quando o então estudante de Medicina Mauricio Tatar percebe que, na universidade, vinha aprendendo a ver, em cada paciente, uma doença. Em busca de saúde, ele mudou o leme de sua vida. E nos convida a fazer o mesmo.
“Chega de plástico”, com tradução de Ângelo Lessa (Ed. Sextante)
O livro traz 101 maneiras de se livrar do plástico. E, sabe o que é mais interessante ainda? Perceber que, ao se livrar do plástico, a pessoa também se livrará de comidas processadas. Também para evitar o plástico, a sugestão é que se passe a comprar menos em grandes redes de supermercados e mais na padaria, no açougue, na vendinha, na peixaria…
“Claro que esses comerciantes ainda podem oferecer embalagens plásticas, portanto procure levar bolsas e recipientes reutilizáveis e peça para evitarem as embalagens descartáveis”. De quebra, agindo assim você também vai dar uma super força ao comércio local. Desenvolvimento sustentável, portanto. Tudo ligado em rede.
“O Menino Nito”, escrito por Sonia Rosa e ilustrado por Victor Tavares (Ed. Pallas)
O livro conta a história do menino que chorava e, um dia, ao ouvir do pai que “homem que é homem não chora”, passou a pensar a respeito. É muito legal e pode ser um bom momento para fazer uma leitura com as crianças da família. Só faz bem.
“É o Tambor de Crioula”, escrito por Sonia Rosa e ilustrado por Mariana Massarani (Ed. Projeto)
Trata-se de uma narrativa em versos que a autora utiliza para convidar os leitores a entrarem na roda desta dança. Tambor de Crioula pertence ao folclore do Maranhão e foi declarado patrimônio cultural brasileiro em 2007;
“Racismo Estrutural”, de Silvio de Almeida (Ed. Jandaira)
Leitura mais densa, mas indispensável para quem quer pensar o mundo com as lentes da diversidade. O autor apresenta dados estatísticos e põe em debate o racismo na estrutura social, política e econômica da sociedade brasileira;
“Sob pressão, a rotina de guerra de um médico brasileiro”, escrito por Marcio Maranhão (Ed. Foz)
É uma história dramática. Por diversas vezes a gente ouve casos de pessoas que foram atendidas em emergência nos hospitais públicos, e é raro ter ideia sobre o que acontece nos bastidores, com aqueles que estão ali trabalhando para salvar vidas. Este livro é autobiográfico, conta a experiência de um médico que trabalha nos hospitais de emergência brasileiros. Tentando salvar vidas e a si mesmo. Inspirou até uma série de televisão chamada “Sob Pressão”.
“A espiral da morte”, de Claudio Ângelo (Ed. Companhia das Letras)
O autor é, atualmente, um dos diretores da ONG Observatório do Clima. Não é um livro de ficção, pelo contrário. O jornalista não se limita a repisar sobre a decorrência mais conhecida e comentada do degelo polar. Vai fundo também na história de vida dos cientistas que se dedicam anos a fio explorando as zonas mais inóspitas da Terra para estudar e tentar informar aos outros detalhes cada vez mais perturbadores e reveladores sobre o clima do planeta. Claudio Ângelo acompanhou alguns desses cientistas e não poupa os leitores quando descreve o que viu e ouviu.