‘Esticador de horizontes’: Memorial Minas Gerais Vale recebe visita de estudantes
Dando continuidade ao “Esticador de Horizontes”, o comitê BH-Nova Lima levou 36 crianças da escola municipal Mestre Ataíde, que fica no município de Belo Horizonte, ao Memorial Minas Gerais Vale (MMGV), no dia 20 de outubro. Os meninos e meninas com idades entre 8 e 12 anos fizeram a viagem em um ônibus e uma van contratados pelo Instituto Cultural Vale. A voluntária Gisele Assis, Analista na área gestão de contratos de equipamentos, conta como foi a logística para a visita: “Meu irmão, que é professor de Matemática numa escola municipal, deu-me o contato de um professor de História da Mestre Ataíde que tinha o desejo de levar seus alunos para conhecerem, especificamente, a exposição sobre os povos indígenas no Memorial. É que ele já tinha vindo, mas numa época em que esta sala estava fechada. Bem, a partir daí, a tarefa foi conseguir encaixar as agendas – da escola e do Memorial – o que só foi possível no dia 20 de outubro. Devido a um compromisso de trabalho, não pude estar presente. Mas o mais importante era conseguir a visita para as crianças, o que foi feito. Eu me inscrevi na Rede Voluntária em março deste ano e acho um trabalho como este super importante, que todos deveriam fazer. Faz bem para todos”, disse Gisele, analista gestão de contratos de equipamentos.
Participaram da ação professores da escola e dois outros voluntários . Leandro Catarino, que há 14 anos faz parte da Rede Voluntária Vale, disse ter certeza de que foi um dia de muito aprendizado para os meninos e meninas:
“A visita foi muito produtiva, ficou fixada na mente das crianças. Entramos na sala dos Quilombolas e eles puderam ouvir a história da escravidão contada pelos educadores que trabalham no Memorial. E puderam entender um pouco da história de nossos antepassados, perceber nossa diversidade cultural. O Memorial tem muito a oferecer nesse sentido, porque mostra a cultura árabe, africana, cigana… Nós nos dividimos em quatro grupos e eu fiquei com uma turma que tinha uma média de 8 a 12 anos. Posso lhe dizer que os vi se emocionarem com a história dos nossos antepassados, sobretudo porque vimos também o que Minas Gerais tem de bonito, o que foi nosso passado e o que é hoje. Acho muito importante e eu gostaria que outras comunidades e escolas pudessem ter este acesso. Fiquei feliz por ter participado desse programa, até porque as crianças estavam super alegres, foi lindo de ver. Ser voluntário, para mim, é isto: existir para transformar o mundo. As alavancas (para esta mudança) estão impregnadas em cada voluntário que está representando a Rede, à qual pertenço, com muito orgulho, há 14 anos”, disse Leando.
Participando pela primeira vez de uma ação da Rede Voluntária Vale, Deborah Vasconcelos também acompanhou a visita. Ela também é professora de formação, o que ajudou muito na hora de lidar com as crianças:
“Foi tudo muito bem organizado, chegamos no horário certinho, separamos as crianças em grupos. Considero uma oportunidade muito interessante porque pudemos levar cultura, informação, arte para os alunos, uma experiência e tanto para eles. Como professora, sei do poder de transformação que tem a educação na vida das crianças, sobretudo naquela faixa etária (12 a 14 anos, o grupo que foi com Deborah). Eles estavam muito curiosos, e estavam muito alegres, com uma energia boa. Teve ainda um contexto sociocultural, porque o Memorial tem um espaço que imita um teatro de antigamente, e pudemos contar para eles como a sociedade era, separada em classes. Teve ainda outra parte com figuras rupestres. Foi uma forma também de recuperar um pouco de nossa história de Minas Gerais, nossos valores. Eu me senti muito feliz por contribuir socialmente e porque senti que os alunos e as alunas valorizaram bastante. No final, vieram me abraçar e agradecer”, contou Deborah, que atua como Analista de Saúde, no Corredor Sul.
Sobre o Esticador de Horizontes
O Esticador de Horizontes é idealizado pela Rede Voluntária Vale e pelo Instituto Cultural Vale, com o objetivo de proporcionar uma experiência lúdica, afetiva e de novas aprendizagens para pessoas em situação de vulnerabilidade social. Isso é feito por meio de visitação e participação na programação oferecida pelos equipamentos culturais da Vale e por outros ativos culturais patrocinados pela empresa.