Rede de proteção: voluntários se unem para produzir e doar máscaras para quem mais precisa durante a pandemia do coronavírus
Máscaras são essenciais para a prevenção do coronavírus, assim como a adoção de medidas de higiene. No entanto, nem todos têm acesso ou condições de adquirir – ou mesmo de produzir – máscaras de proteção para suas famílias. Em áreas onde muitas vezes não há saneamento básico, essa situação se torna ainda mais crítica em tempos de pandemia. O desafio é imenso, mas algumas iniciativas mostram que a solidariedade é uma grande aliada da saúde pública.
Assim que começou o isolamento social, Juliana Bordini Megda percebeu que no prédio onde mora, no Rio de Janeiro, os empregados não estavam usando máscaras. Decidiu começar a costurar para doar para eles e suas famílias. Mas a demanda não parava de crescer e a voluntária percebeu que precisava ir além dos muros do seu prédio. Resolveu se unir a outras pessoas para ajudar quem mais precisa.
Juliana, então, compartilhou sua vontade de formar uma rede de costureiras em um grupo de WhatsApp. Desta forma, se aproximou da ONG Grupo Família na Mesa, da Rocinha. A ONG identificou costureiras da comunidade, e Juliana mobilizou mais voluntários. Hoje já são 7 costureiras e, até a primeira semana de maio, foram mais de 3.500 máscaras distribuídas pela ONG Grupo Família na Mesa.
“Quanto mais gente se envolver, especialmente com doações financeiras no caso deste projeto, poderemos potencializar o número de famílias com renda garantida por mais alguns meses, poderemos produzir mais e mais máscaras para salvar mais vidas. Afinal, somente na Rocinha são quase 100 mil pessoas!”, compartilha a voluntária. “O bem, por incrível que pareça, é maior para quem ajuda do que para quem é ajudado. Se as pessoas todas soubessem disso, o mundo seria bem melhor!”, completa ela.
Outra inspiração vem do Maranhão: Karla Rosângela Almeida, moradora de São Luís, se uniu a mais nove voluntárias do Clube de Mães de Vila Verde, instituição da qual participa e que cria oportunidades para outras mulheres terem mais qualidade de vida. Em 2015, uma parceria com a Vale permitiu a compra de máquinas de costura e a formação das mulheres do Clube neste ofício, em Itaqui-Bacanga. Desde então o grupo avança hoje são mais de 200 mulheres formadas e com seu próprio negócio.
Quando a pandemia do coronavírus chegou, Karla e uma amiga tiveram a ideia de fazer máscaras de TNT para elas e suas famílias. Ambas postaram o resultado nas redes sociais e os pedidos começaram a chegar. Foi então que Karla mobilizou as mulheres do Clube de Mães de Vila Verde para produzirem, com as máquinas de costura do projeto, máscaras para doação. Até o início de maio, Karla e as mulheres do projeto já haviam produzido e doado mais de 3 mil máscaras em São Luís, no Maranhão.
“Não tem coisa melhor do que saber que você pode ajudar o outro de forma voluntária, de transformar o sentimento de amor em ação, doando máscaras. A mensagem que queremos passar para outras mulheres guerreiras e fortes, e que às vezes não sabem o valor e o poder que têm, é que elas são exemplo para outras que ainda não conhecem o seu valor”, afirma Karla.
Mas nem sempre é preciso ter uma rede para colaborar na prevenção do coronavírus. E idade também não é impeditivo para ajudar. Iza Mello De-Cnop, de 87 anos, recebeu da neta Pamella De-Cnop, gerente da Fundação Vale, o pedido de uma máscara e, minutos depois já estava sentada à máquina de costura, criando vários modelos para toda a família e também para doar para moradores do bairro onde vive, no Vital Brasil, em Niterói, Rio de Janeiro.
Conheça o projeto “Arte em Máscaras” (https://www.redevoluntariavale.com.br/arte-em-mascaras/) e saiba como produzir, usar e higienizar máscaras caseiras. Não esqueça de registrar as suas produções e compartilhar nas redes sociais com a hashtag #arteemmascaras e compartilhar pelo email redevoluntaria@vale.com