Comitê de Voluntários de Canaã dos Carajás leva alegria a crianças em vulnerabilidade social
Às 14h de sexta-feira dia 24 chegou o ônibus à Casa da Cultura de Canaã dos Carajás.
Dele desceram 33 jovens de 10 a 12 anos, da Escola Luís Carlos Prestes, para fazer uma visita guiada à exposição “Amazônia Fragmentada”, do artista plástico Sebá Tapajós. Todos estavam excitados com o passeio e a visita. Mas, para alguns, a excitação era ainda maior, já que pela primeira vez estavam conhecendo um lugar diferente da comunidade onde moram, Vila Nova Jerusalém, que fica a 20 quilômetros da Casa da Cultura.
Assim começou a visita, um projeto construído entre a Rede Voluntária Vale e o Instituto Cultural Vale, com o objetivo de proporcionar uma experiência lúdica, afetiva e de novas aprendizagens para crianças, jovens e adultos, em situação de vulnerabilidade social, por meio da visitação e participação na programação oferecida por equipamentos culturais da Vale.
A voluntária Denise Ferreira ajudou a organizar o evento, junto ao espaço. Os jovens foram recebidos pelo próprio artista Sebá Tapajós, que os conduziu pela exposição, explicando a proposta de seu trabalho. Depois houve também um momento na sala de leitura, com contação de histórias do livro “Histórias à Brasileira”, de Pedro Malazarte, com o tema “O Jabuti e Caipora”. Por fim, os professores de música da Casa da Cultura Canaã dos Carajás Laudiceia Oliveira, Thiago Bragança, Mauro Coutinho e Arlen Vieira fizeram uma demonstração musical do ritmo Lundu.
“Foi o momento mais emocionante. Eu nunca vou me esquecer do brilho nos olhos das crianças que ouviam aquela música pela primeira vez. Foi muito gratificante toda a visita”, disse Denise.
Fernanda Cunha, produtora cultural da Casa de Cultura, também acompanhou a reunião e revelou: “Foi revigorante e emocionante”.
“Receber as crianças da Vila é sempre um prazer enorme! Proporcionar essa experiência para as crianças com difícil acesso à cultura, algumas delas que nunca nem saíram da Vila, é revigorante e emocionante. Observar o brilho nos olhos de cada menino, sempre atento às informações, e a alegria de ter o contato com os instrumentos musicais, é ter a certeza de que estamos no caminho certo”, disse Fernanda.
Nos quinze minutos finais – a visita durou uma hora – a garotada lanchou. Salgadinhos, doces, frutas e sucos à disposição, que foram muito bem recebidos e devidamente saboreados.
Para a voluntária Denise Ferreira, a visita serviu para reforçar a ideia de que ser voluntária é um bem-estar muito grande. Ganha quem recebe, mas ganha também quem está doando seu tempo ou recursos.