Rede Voluntária Vale proporciona uma tarde de alegria no Museu do Amanhã às crianças da ONG One by One

Foi uma tarde diferente para aquelas mães e crianças com necessidades especiais da ONG One by One, que é assistida pelo Comitê de voluntários do Rio de Janeiro. O dia estava ensolarado, o céu de um azul inesquecível, e a temperatura estava quente, bem no estilo do Rio de Janeiro. À sombra, na orla da Baía de Guanabara, o grupo estava ansioso para entrar no Museu do Amanhã. Foi quando “Anunciação”, de Alceu Valença, encheu o espaço cantada pelo Coral Uma Só Voz – projeto que acontece no Museu desde 2016. O coral faz parte do grupo “Irmãos de Ruas”, que é formado por pessoas em situação de rua e aquelas que encontraram caminhos para conseguir sair delas.

E ninguém ficou parado, a alegria se espalhou, o bloco se formou. Coisas do Rio de Janeiro.

Foi assim que começou a visita mediada à exposição “Fruturos – Tempos Amazônicos”, patrocinada pelo Instituto Cultural Vale e com conteúdo do Instituto Tecnológico Vale e Fundo Vale. A visita faz parte de um projeto idealizado pela Rede Voluntária Vale e o Instituto Cultural Vale e busca proporcionar uma experiência lúdica, afetiva e de novas aprendizagens para crianças, jovens e adultos, em situação de vulnerabilidade social, por meio da visitação e participação na programação oferecida por equipamentos culturais da Vale.

   

Maria Teresa Stengel, fundadora da ONG, mãe de Nikolas, portador de mielomeningocele e hidrocefalia, aceitou o convite para levar um grupo a visitar “Fruturos”. E Teresa era uma das 40 pessoas que também se deixou levar pelo som alegre e inesperado que convidava à dança e à alegria na entrada do Museu do Amanhã.

Dentro do Museu, durante a visita à exposição, Micael, 4 anos, filho de Maria de Fatima Santana de Souza, era um dos mais animados. Ele nasceu com paralisia cerebral. Esperto, cativava todo mundo ao demonstrar curiosidade a cada passo na exposição.

“Ele é muito estimulado em casa. Decidimos investir bastante na educação dele, matriculando-o em algumas instituições onde ele também recebe atenção especial”, disse Maria de Fatima, conduzindo Micael na cadeira de rodas obtida na ONG One by One.

Maria de Fátima mora em Campo Grande, que fica na Zona Oeste do Rio. Mas a viagem valeu a pena, Micael se divertiu muito. E ninguém poderá dizer que ele não gostou: reclamou bastante ao fim da exposição, pois não queria ir embora de jeito nenhum. Mas… com um bom lanchinho, preparado carinhosamente pelo pessoal do Comitê de voluntários do Rio para o momento da despedida, foi fácil esquecer a zanga.

Para a analista de riscos da Vale Daniela Castanheira, voluntária do Comitê Rio da Rede Voluntária, que acompanhou a visita, sentir a emoção das crianças foi fascinante:

“Foi a primeira visita a um museu para a maioria delas, e saber que isso foi propiciado pela ação do voluntariado é uma recompensa imensa. Partilhar cultura também é importante, alimenta os sonhos, a esperança e a alma. A exposição “Fruturos – Tempos Amazônicos” estava muito bem montada, fiquei orgulhosa quando vi que o Instituto Cultural Vale é o patrocinador. É ver a contribuição da Vale para a sociedade de forma ampla”.

Fato é que as portas do Museu e um horizonte de possibilidades se abriram. Micael e os demais agora sabem o caminho do Museu do Amanhã, e foram avisados que sempre haverá espaço para eles ali. E foi assim que a visita acabou. A tarde já ia terminando, o sol se escondendo na Baía.

Os voluntários da Rede que foram à visita também  receberam informações da equipe do Educativo do Museu do Amanhã e aprenderam juntos sobre os diferentes tempos da Amazônia.

Mas todos os outros voluntários também podem acessar o conteúdo sobre a exposição aqui e sobre o seminário “Fruturos – Amazônia do Amanhã” realizado simultâneamente no Museu. Foram dois dias de Seminário, que podem ser acessados aqui e aqui.

O conteúdo das palestras certamente será de grande ajuda para compartilhar conhecimento e provocar reflexão sobre sustentabilidade. Esta é uma das causas prioritárias de atuação da Rede Voluntária Vale, e por isto compõe a Trilha de Formação do mês de maio.

Vale a pena tirar um tempinho – no total, são cerca de seis horas de aula – para aprender sobre o território da Amazônia que, na opinião do cientista Paulo Artaxo, consultor chefe da exposição “Fruturos – Tempos Amazônicos”, é a “fonte de carbono para a atmosfera global”. Artaxo lembrou, na apresentação do Seminário, “que é preciso misturar ciência, cultura e sociedade” para dar uma solução às questões da Amazônia.