Voluntária número seis mil, bem-vinda à nossa Rede!
A engenheira ambiental Cleidiane da Silva Félix, que há doze anos trabalha na Vale como auxiliar técnica de manutenção em Carajás, foi a nossa voluntária de número seis mil! E, como fazemos sempre com cadastros de números redondos, fomos ouvir sua história, comemorar sua entrada em nossa Rede e dar-lhe as boas vindas.
Logo nos primeiros minutos de conversa, Cleidiane contou a melhor notícia: está grávida de um mês! Ela já tem uma filhota, de 3 anos, e está super feliz com a chegada do(a) novo membro da família. Cleidiane mora em Parauapebas, e soube da existência da Rede através da Newsletter que mandamos mensalmente via email para os voluntários e voluntárias, contando as últimas notícias:
“Eu já fui voluntária, mas não ligada à Rede, dentro do Corredor Norte. Eu e alguns amigos e amigas fazíamos doações para a Apae. Não só doações, também promovíamos brincadeiras para as crianças. Acho que a Rede vai me dar mais força e ampliar ainda mais esse trabalho”, disse ela, que se cadastrou no Comitê Parauapebas.
A aproximação aos associados da Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) tem um sentido especial para Claudiane. Ela própria é uma PCD, pois nasceu com síndrome unha-patela, uma afecção que limita a extensão dos braços. Como é hereditária, sua filha também nasceu com a condição, que não limita os movimentos.
“É apenas uma questão estética, não me impede de fazer nada, e não vai impedir também a minha filha”, disse Cleidiane.
Mas, como se pode imaginar, Cleidiane já passou por situações em que se viu vítima de preconceito. Ela se lembra bem, por exemplo, que a primeira vez em que buscou trabalho, em 2007, teve a contratação negada:
“A mulher me olhou de cima abaixo e me disse que não estavam mais contratando. Eu disse a ela, então, para tirar o aviso que estava na porta da loja. Passei por lá depois, e o aviso continuava”, contou.
Por esta razão, Cleidiane quer para seus filhos um mundo mais justo, onde realmente haja igualdade social, onde todos possam ser vistos sem preconceitos. E, com relação às questões climáticas e meio ambiente, foco de seu estudo na graduação, nossa voluntária 6 mil se confessa assustada:
“Fico preocupada com as tendências de eventos extremos (seca, tempestades). Pantanal pegando fogo, por exemplo, e nossas autoridades não fazem nada. Aqui perto de casa tem muito garimpo ilegal, e sabemos o mal que eles fazem à natureza”, disse Cleidiane.
Que o mundo tenha mais voluntários e voluntárias. E que, unidos em Rede, possamos fazer mais e mais por um mundo como o que Cleidiane quer para seus filhos. É o que queremos também.
Junte-se a nós! Torne-se um voluntário ou uma voluntária da Rede. Para saber como, acesse aqui.
Uma lei que assegura condições de igualdade
Hoje, dia 21 de setembro, comemora-se o Dia Nacional da Pessoa com Deficiência, instituído por movimentos sociais desde 2005.
O Brasil passou a ter, em 2015, uma Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, que se destina a “assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”. E a lei das cotas obriga empresas com mais de cem funcionários a terem em suas equipes de 2 a 5% de pessoas com deficiência. Para o serviço público, a lei determina que sejam reservadas até 20% das vagas para PCDs.