Abril Azul: Mês de conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição que afeta o desenvolvimento neural, com interferências de diferentes níveis na comunicação, interação e comportamento – motivo pelo qual é compreendido como um espectro, ou seja, as alterações na fala, escrita e socialização podem se manifestar de maneiras diferentes em cada portador. Pessoas autistas também podem apresentar sensibilidade a luzes, sons e texturas.
Apesar das manifestações acontecerem de maneiras individuais, atualmente o Transtorno do Espectro Autista é classificado em três níveis de suporte: leve, moderado e severo. Essa classificação refere-se diretamente ao quanto um autista necessita de suporte na conversação e nas interações sociais.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), há 2 milhões de portadores do TEA no Brasil, entretanto, esses dados foram aferidos em 2010. Estima-se que hoje este número esteja aproximadamente em seis milhões de brasileiros pelo crescimento das redes sociais e da facilidade da troca de experiência e conscientização sobre o TEA em conteúdos produzidos por autistas.
É importante utilizar a comunicação como forma de retirar o estigma da sociedade em relação ao autismo, uma vez que não se trata de uma doença, mas uma variação do funcionamento típico do cérebro. Com isso, urge a importância do Dia da Conscientização sobre o Autismo, comemorado no dia 2 de abril, e da campanha Abril Azul como forma de trazer informação e combater ideias preconceituosas sobre o TEA.
Como o voluntariado pode apoiar na conscientização deste tema?
Trazer informação adequada e atualizada sobre o Transtorno do Espectro Autista e apoiar instituições de apoio a pessoas autistas são algumas das formas de participar dessa conscientização. A Rede Voluntária Vale sugere algumas boas práticas para contribuir com esta causa:
- Apoio a instituições especializadas em cuidados a pessoas autistas;
- Roda de conversa para conscientizar sobre a importância do diagnóstico durante o acompanhamento do desenvolvimento infantil na Atenção Primária à Saúde (APS);
- Ampliação da divulgação dos cursos online oferecidos pelo Ministério da Saúde sobre o autismo para pais, cuidadores, educadores e profissionais da saúde;
- Promoção de atividades nas escolas em parceria com as equipes das Unidades Básicas de Saúde (UBS) para conscientização sobre o autismo e combate ao bullying a pessoas com autismo.