Amor em gotas que salvam vidas

Eram pouco mais de 10h da manhã do dia 26 de julho quando o primeiro andar da Torre Oscar Niemeyer, sede da Vale no Rio de Janeiro, começou a receber empregados que chegavam preparados para uma tarefa das mais nobres: doar sangue. O espaço já tinha sido preparado pela equipe de 14 pessoas do HemoRio – Centro Regulador de Hemoterapia do Rio de Janeiro, naquele dia  comandada pela médica Leise Marcello Pimenta Bueno.

       

A campanha de Doação de Sangue foi uma iniciativa da Rede Voluntária Vale e da Gerência de Saúde e Segurança. Durou das 10h às 15h30m, quando foram coletadas 56 bolsas de sangue, que dão conta de salvar a vida de 224 pessoas.

       

Cadeiras especiais foram instaladas no primeiro andar do prédio. Uma sala foi preparada para a equipe que faria o cadastro e a triagem, e outra sala foi reservada para a hidratação, onde um lanche caprichado esperava por cada doador. Entre eles estava a analista de suprimentos Stephanie Moreira Monte, ansiosa, até com um pouquinho de medo. Stephanie faz parte do Comitê Rio da Rede Voluntária Vale.

 

 

“Foi a primeira vez que doei sangue. Eu sempre tive medo de fazer, por achar que ia passar mal, que ia fazer falta para mim. Mas eu doei e fiquei super bem, não senti nada! Para mim significou muito, porque abriu as portas para eu doar sempre a partir de agora, visto que foi um dia normal, como todos os outros, no sentido de bem-estar”, contou Stephanie depois da doação.

 

 

 

Fazer coletas externas já é uma rotina para o HemoRio, segundo a médica hemoterapeuta Leise Bueno, que estava presente o tempo todo: “O doador às vezes não tem tempo de ir ao HemoRio, que fica na Rua Frei Caneca 8, no Centro do Rio. Por causa disso, criamos esta forma, possibilitando que as empresas nos chamem. Os doadores passam por um processo de triagem, onde a técnica pergunta até mesmo se a pessoa tem dormido bem, se tem se alimentado”, explicou a médica.

       

Às 10h20m, estacionou em frente à Vale o ônibus, vindo de Itaguaí, trazendo mais onze empregados, todos voluntários do Comitê de Portos Sul da Rede Voluntária Vale, que engrossaram a lista de doadores. Moyses das Dores de Oliveira, que trabalha no Terminal Ilha Guaíba como marinheiro de convés, foi um deles. Saiu de Santa Cruz, no ônibus da empresa, às 8h50m.

“Fiquei sabendo, pelo nosso grupo de WhatsApp, que ia ter esta campanha, e logo me organizei para vir. Acho muito importante, doar é um ato de amor, salva vidas. Ainda mais agora, já que li notícias dando conta de que o estoque no HemoRio está baixo. E é tão tranquilo, não durou nem dez minutos”, disse ele.  

A médica Leise confirma que houve uma baixa de doações na época da pandemia. E afirma a tese: uma bolsa de sangue pode salvar até quatro vidas. Motivo mais do que suficiente para fazer valer o investimento da empresa. A equipe de assistência social da Vale entra em campo para organizar a campanha cerca de um mês antes.

“Fui admitida na empresa com a tarefa de não deixar de organizar, sempre que possível, a campanha de doação de sangue. No ano da pandemia não aconteceu, mas dessa vez conseguimos fazer. Tivemos a parceria da Rede Voluntária Vale e da gerência de Saúde, foi ótimo”, disse a assistente social Patrícia Holanda.

Foi um exemplo para os dois estagiários Bernardo Coelho e Leonardo Raposo Mourão, ambos da área de suprimentos. Leonardo ficou sabendo da campanha e chamou o amigo para estarem juntos naquele momento.

“Minha mãe sempre me disse para eu doar sangue, e achei maravilhosa esta oportunidade”, disse Bernardo.

O voluntário do Comitê Portos Sul George Fernandes, técnico de operação portuária, soube da campanha numa das reuniões matinais que fazem parte de sua rotina de trabalho. E logo se animou.

“É muito importante ajudar. E eu tenho uma força muito grande do meu gestor. Ele não só permite que eu faça ações voluntárias como impulsiona”, disse ele.

Setenta pessoas atenderam ao chamado da campanha, mas 14 não puderam doar. Há algumas situações que podem ser empecilhos para doar sangue, entre elas o uso contínuo de medicamentos, tatuagem, piercing, se a pessoa fez cirurgia há menos de um mês. Mas, como disse a médica Leise, nem todas essas situações inviabilizam definitivamente.

Sendo assim, sempre haverá chance de tentar praticar este ato de amor ao próximo.

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